Santa Helena é a
mãe do imperador romano Constantino Magno. Ela nasceu na Bitínia, uma província
do Império Romano. Era de família simples, plebeia. Casou-se com um tribuno
militar chamado Constâncio Cloro. Deste casamento nasceu Constantino no ano
285, o futuro imperador romano e primeiro imperador cristão.
Estava começando um novo
tempo para o cristianismo. Até o ano de 313, Helena e Constantino ainda não
eram cristãos. Mas, na batalha de Constantino contra Maxêncio, ocorreu um fato
extraordinário. A situação era favorável a Maxêncio. Constantino, porém, contrário
às perseguições contra o cristianismo, teve uma visão: uma cruz brilhante no
céu, e as palavras: "Com este sinal vencerás". Constantino,
então, mandou pintar as bandeiras e estandartes de seu exército com esta cruz e
venceu. Este acontecimento causou a conversão de Constantino e de Helena.
Constantino ordenou o fim das perseguições contra os cristãos, através do
famoso documento chamado “Edito de Milão”, no ano 313. Graças ao Édito, o
cristianismo passou a ter os mesmos direitos das outras religiões. Anos mais
tarde, o imperador Teodósio fez do cristianismo a religião oficial do Império
Romano.
Ao contrário do filho
Constantino, que só se batizou perto de sua morte, Helena quis ser batizada e
assumir a fé cristã desde que seu filho venceu a batalha contra Maxêncio. Santa
Helena, ao longo de sua vida mostrou grande fervor. Este fervor aparecia em grandes
obras assistenciais e na construção de várias igrejas em lugares santos.
Santa Helena procurou
se instruir na fé cristã e mostrou grande piedade ao longo de sua vida. Por
isso, o imperador Constantino recompensou seus méritos e lhe deu o título
honroso de “Augusta”. Além disso, mandou cunhar moedas com a imagem da rainha
sua mãe. Santa Helena, por sua vez, dedicou toda sua influência e ações para
proteger a fé cristã, que emergia das catacumbas para o tempo da liberdade. O
maior desejo de Santa Helena era visitar a Terra Santa. Apesar da idade e das
agruras da viagem, ela conseguiu realizar seu sonho, visitando os lugares
santos, promovendo o culto e mandando construir igrejas na Palestina.
Santa Helena foi acompanhar escavações começadas em Jerusalém pelo bispo chamado São Macário. Este encontrou o Santo Sepulcro escavado na rocha, a Cruz de Jesus e as duas cruzes dos ladrões. Santa Helena acompanhou tudo isso cheia de piedade e felicidade. O fato causou grande conforto para todos os cristãos. Entusiasmada com este acontecimento, ela mandou que procurassem a gruta do nascimento de Jesus e o lugar sobre o Monte das Oliveiras onde Jesus falou com seus discípulos antes da Ascenção. Depois dessas descobertas, Santa Helena dedicou-se à construção de outras igrejas. Uma delas, que fica no monte das Oliveiras, recebeu mais tarde o nome de Santa Helena.
Após ter algumas
visões, Santa Helena viveu a felicidade de proporcionar o reencontro da
verdadeira Cruz de Cristo. Este acontecimento levou à instituição da festa
litúrgica da Santa Cruz. Essa descoberta de Santa Helena é atestada pelos
escritores Sulpicius Severus e Rufinus, no século IV. Pedaços da cruz ficaram
em Jerusalém e outros foram levados para Roma. Alguns desses fragmentos foram
distribuídos em várias igrejas. O desejo de Santa Helena é que a cruz estivesse
em toda a Igreja.
A generosidade de Santa
Helena era grande. Ela ajudava os indivíduos e comunidades inteiras. Os
pobres eram objetivos especiais deste seu grande amor. Ela visitava igrejas e
comunidades fazendo grandes doações. Ela construiu a Basílica da Natividade, em
Belém, que dura até hoje, e a Basílica da Ascensão de Jesus, no Monte das
Oliveiras. Ajudou na construção de mosteiros e ela própria vivia num convento
na Palestina, participando com grande devoção de todos os exercícios de fé e
piedade.
Pressentindo sua morte,
Santa Helena voltou para perto do filho Constantino, e veio a falecer em 330,
aos 80 anos. Seu corpo foi trasladado para Constantinopla e colocado na cripta
da Igreja dos Apóstolos. Mais tarde, seus restos mortais foram transferidos
para a Abadia de Hautvillers, em Reims, França, em 849. Hoje, os restos mortais
de Santa Helena estão em Roma, no Vaticano. Ela passou a ser reverenciada como
santa logo após sua morte. Sua veneração se expandiu até nos países do
Ocidente.
Uma ilha do Oceano
Atlântico chamada “Santa Helena”, tem este nome porque marinheiros espanhóis a
encontraram no dia da festa de Santa Helena, no dia 18 de agosto de 1501.
Na arte litúrgica santa
Helena ela é apresentada vestida como rainha, segurando a cruz ou indicando o
local da Cruz. Ela aparece também com a cruz sendo revelada a ela nos sonhos.
Ela também é representada supervisionando a procura da Cruz. Outra
representação é como uma senhora medieval, tendo uma cruz e um livro ou
segurando a cruz e os cravos. A Igreja sempre a venerou e será grata a ela pela
decisiva participação a favor da liberdade da Igreja.
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